Já sabemos e sempre ouvimos que o mundo está em constante transformação. Entretanto nos últimos tempos, temos percebido que as mudanças acontecem de forma mais acelerada.
Enquanto a sociedade e as situações mudam, pensadores e pesquisadores desenvolvem novas teorias, dentre elas trazem conceitos como os mundos VUCA e BANI.
Diante de tantas alterações a nossa volta, pouco podemos fazer, a não ser aceitar e se adaptar à realidade. Agimos conforme os recursos que temos ao nosso alcance.
Na época da Guerra Fria, alguns anos antes da década de 90, surgiu o conceito VUCA, baseado nas teorias de Warren Bennis e Burt Nanus.
O termo é uma sigla que surgiu para definir a realidade vivida no planeta e ficou em uso até pouco tempo. Seu significado é o seguinte:
V = Volatility (Volatilidade)
U = Uncertainty (Incerteza)
C = Complexity (Complexidade)
A = Ambiguity (Ambiguidade)
Em seguida, com o processo de evolução passou a se entender que a nossa realidade não era mais a mesma. A partir daí, o antropólogo e autor futurista Jamais Cascio desenvolveu o conceito de BANI:
B = Brittle (Frágil)
A = Anxious (Ansioso)
N = Nonlinear (Não-linear)
I = Incomprehensible (Incompreensível)
Então, entendemos que houve uma transição do mundo de VUCA para BANI. Essa mudança não envolve apenas as pessoas, mas sim todo o mercado de trabalho e de consumo.
Para entender a relação entre esses dois mundos, precisamos ampliar nossa compreensão sobre eles. Vamos explicar mais sobre esse tema.
Da volatilidade para a fragilidade
No mundo VUCA, a volatilidade fez com que a gente se tornasse mais frágil. Nosso cérebro não acompanha a quantidade de mudanças. A grande maioria das pessoas vive uma hipnose operacional. Em outras palavras, estamos no automático.
Portanto, o que antes era volátil hoje em dia traz fragilidade. Sem dúvidas, nunca nos foi exigido ter tanta resiliência. Hoje em dia, é essencial buscar clareza nos propósitos e nos valores.
De qualquer forma, precisamos aceitar a mudança do mundo VUCA ao mundo BANI. Ou seja, aceitar a fragilidade. Se não, iremos relutar até que outra mudança ocorra.
Da incerteza para a ansiedade
Quando evoluímos de um mundo para outro, notamos que nossas incertezas se transformaram em ansiedade.
Quantos autores, médicos e filósofos já não alertaram sobre o aumento da ansiedade no planeta? Não é à toa que a saúde mental é um dos principais problemas a serem enfrentados.
Além disso, está em alta o uso adequado da Inteligência Emocional e a sabedoria de estar no momento presente.
Essas são algumas das qualidades mais valorizadas pelas pessoas e, consequentemente, pelo mercado também.
Pode ser comum confundir agilidade com rapidez, porém quem é ágil precisa ter foco, disciplina e concentração. E, para isso, precisamos de mais reflexão e introspecção. Ou seja, desacelerar.
Da complexidade para a vida não-linear
A complexidade nos trouxe uma vida não-linear. Com a mudança para o mundo BANI não é mais possível seguir com um plano nos dias atuais.
Em outras palavras, essa transformação resultou em uma realidade na qual precisamos ter mais cuidado com as nossas tomadas de decisão.
Portanto, desenvolver uma visão mais sistêmica e ampla das situações é o que faz um profissional se diferenciar nesse aspecto, principalmente, no ambiente corporativo.
Da ambiguidade para a incompreensão
A ambiguidade do mundo VUCA nos leva à incompreensão no mundo BANI. Tal transformação faz da nossa realidade um lugar no qual não conseguimos ter o entendimento completo sobre muitas coisas.
A pandemia com certeza acelerou todas essas mudanças. Além disso, é por si só um dos acontecimentos sobre os quais a maioria das pessoas não consegue compreender totalmente.
A evolução entre mundo VUCA e mundo BANI levanta opiniões diversas. Enquanto alguns dizem que não passa de uma jogada de marketing, outros defendem que seja um novo modelo de venda.
E como lidar com a mudança?
Estamos em processo evolutivo. Por isso, fomos do mundo VUCA ao mundo BANI. Apesar de diversos futuristas já terem dito sobre essas probabilidades, ainda é um desafio enorme saber lidar com as transformações.
Para ajudar, é preciso uma dose de autoanálise. Você pode se questionar:
Sinto-me bem para expor minhas fragilidades?
Tenho cuidado da minha ansiedade? De que forma posso evitar esse problema?
Aceito que sou um ser vulnerável e que vivo oscilações? Aceito que a vida não é mais linear?
Como me sinto ao saber que não tenho controle sobre nada? Qual é a minha reação ao saber que não consigo compreender as coisas?
Dessa forma, passamos por esses processos com mais consciência. Como resultado, nos mantemos atualizados e prontos para as novas possibilidades.
No mercado de trabalho, é essencial acompanhar transformações desse tipo. Afinal de contas, essas mudanças estão falando de nós mesmos e, portanto, dos consumidores.
Mantenha-se atento à transformação entre mundo VUCA e mundo BANI e não fique para trás. Afinal, pensar em estratégias para sua vida pessoal e profissional é sempre um bom investimento. Obtenha autoconhecimento e verifique as possibilidades de carreira.
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