Como você sabe, a internet revolucionou os mais diversos setores da sociedade desde sua popularização, alterando hábitos de consumo e a maneira interagimos uns com os outros.
Com a expansão dessa tecnologia digital, novas modalidades de investimento também surgiram. No entanto, nem todas se mostraram promissoras: algumas eram pouco acessíveis devido ao alto grau de risco, outras se mostraram obscuras.
Com o passar dos anos, surgiram opções de investimento mais seguras e acessíveis, o que permitiu o conhecimento das mesmas por um público mais diversificado. Enquadram-se nessa categoria as criptomoedas, apontadas pelos investidores como uma das aplicações mais promissores dos últimos anos.
Mas o que são as assim chamadas criptomoedas? Quais as vantagens e as desvantagens desse investimento? É o que você vai descobrir melhor agora. Acompanhe.
O que são criptomoedas?
Criptomoedas são códigos de computador que possuem um certo valor monetário. Também conhecidas como moedas digitais, são criadas através de cálculos matemáticos complexos feitos por usuários chamados de mineradores.
Em suma, minerar moedas virtuais é encontrar uma chave capaz de criptografar blocos de informação, a chamada “hash”. No caso do bitcoin, cada bloco válido equivale a 12,5 pontos.
É importante observar que essas moedas virtuais não existem no mundo real, embora o código matemático que corresponde a um bitcoin possa ser trocado por dinheiro convencional, ou seja, por dólar, euro ou até mesmo real.
O que são bitcoins?
A essa altura, você deve estar se perguntando o que são bitcoins, não é mesmo? Bitcoins são as criptomoedas mais populares e as mais comercializadas no Brasil. Sua criação é envolta em mistérios: seu criador se apresentava como Satoshi Nakamoto, pseudônimo para identificar a pessoa ou grupo de desenvolvedores que originou a moeda.
Como essa se tornou a criptomoeda mais popular entre as unidades de moedas virtuais, todas as moedas digitais criadas desde então são chamadas de altcoins ou, simplesmente, moedas digitais alternativas.
Entre elas podemos citar a Litecoin, Peercoin, Feathercoi e a Ethereum, a segunda moeda virtual mais conhecida do mundo que exibiu uma valorização de 5000% no último ano.
Como armazenar as moedas virtuais?
Se essas moedas não existem no mundo real, você deve estar se perguntando como armazená-las, certo?
Bem, esse dinheiro pode ser guardado de duas maneiras: offline, em hardwares, ou em discos rígidos, processo denominado “armazenamento a frio” que protege a moeda contra roubos.
Além destas formas tradicionais, as bitcoins podem ser armazenadas em pastas e dispositivos online como smartphones, notebooks e tablets, processo denominada de “armazenamento a quente”. Nesse caso, as moedas estão expostas e, caso o dispositivo seja invadido, elas podem, inclusive, ser roubadas.
O armazenamento a frio parece mais seguro, não é mesmo? No entanto, é preciso observar que se o hardware que contém os bitcoins for perdido ou estragar, as moedas ali guardadas serão perdidas para sempre. Estima-se que cerca de US$30 bilhões em bitcoins tenham sido perdidos ou extraviados por mineradores e investidores que perderam suas chaves de segurança.
Como funcionam as criptomoedas?
As criptomoedas são códigos virtuais projetados para facilitar compras de bens e serviços. Ou seja, funcionam como qualquer outro meio de pagamento tradicional. Sua negociação se dá pela internet, sem burocracias, intermediários ou a necessidade de submeter as transações a uma autoridade financeira.
As moedas virtuais são registradas por meio de um arquivo chamado blockchain. Cada blockchain é exclusivo de um usuário e de uma carteira de investimentos pessoal. Todas as transações de compra e venda de bitcoin devem ser registradas em um livro de domínio público, o que evita fraudes, transações duplicadas e que as moedas sejam copiadas.
Portanto, embora não seja possível verificar a identidade dos compradores ou os detalhes das transações comerciais, é possível ter acesso ao histórico financeiro de uma carteira de bitcoins. Ou seja, esse mecanismo fornece transparência e segurança a todos os investidores da modalidade.
Quais são as vantagens de investir em criptomoedas?
Valorização da moeda
A valorização de muitas criptomoedas é impressionante, o que acabou por chamar a atenção de todo o mercado financeiro. Em 2017, por exemplo, a valorização do bitcoin chegou a casa dos 500% em apenas alguns meses, fato que levou alguns economistas a acreditarem que esse desempenho positivo continuaria pelos próximos anos.
Muitos investidores tiraram proveito da situação. Um dos casos mais conhecidos é do americano Erik Finman, que aos 18 anos comprou 83 bitcoins pagando 12 dólares por cada um. Na cotação atual, ele receberia cerca de R$42 mil por bitcoin.
Aceitação em muito países
Muitas empresas brasileiras aceitam o bitcoin nas suas transações do dia a dia, incluindo supermercados, restaurantes e até mesmo estúdios de tatuagem.
Além disso, países da Ásia como o Japão encabeçam a lista de países cujo comércio aceita bitcoins, o que acaba por fortalecer e valorizar a moeda no mercado internacional.
O blockchain é mais seguro que Wall Street
Como você sabe, depois da crise de 2009 a Wall Street passou a ser vista com certa desconfiança por muitos investidores. Por outro lado, como o bitcoin começou a ser cada vez mais aceito, muitas instituições passaram a reconhecê-lo.
Assim como as outras criptomoedas, a bitcoin exibe o blockchain para proteger as informações, o que a torna bastante segura. Além disso, as transações podem ser feitas diretamente entre pessoas sem a necessidade de intermediação bancária.
Fácil acesso às informações
Quando surgiram, as criptomoedas geravam certa desconfiança já que era difícil receber informações atualizadas sobre as mesmas. Hoje, no entanto, muitos sites e blogs de finanças auxiliam os investidores a apostarem nas moedas virtuais, facilitando o acesso e informando os usuários sobre a sua cotação.
Quais são os riscos de investir em criptomoedas?
Bolha financeira
Muitos economistas discordam sobre o uso e a supervalorização das moedas virtuais. De fato, alguns investidores temem que esse crescimento acelerado da moeda possa gerar uma bolha financeira, que ao estourar deixaria muito investidores em maus lençóis.
Esse temor não é infundado, já que casos semelhantes já aconteceram. Com o surgimento da internet, por exemplo, muitas empresas atrelaram o “.com” aos seus nomes para valorizar as suas ações na bolsa. Como em muitos casos isso era apenas uma jogada de marketing, o mercado se tornou super-inflacionado e a bolha acabou estourando, causando enormes prejuízos.
Proibição da moeda em alguns países
Nem todos os países reconhecem as transações comerciais via bitcoin, o que torna esse investimento um pouco arriscado. A China encabeça a lista de países que proibiram qualquer tipo de transação comercial por meio de moedas virtuais.
O Banco Central Chinês determinou que nenhuma instituição financeiro reconheça negociações que envolvam dinheiro virtual e dispôs ainda que os investidores que lucraram com a moeda precisam devolver os valores aos investidores iniciais. Tudo isso fez com que a moeda perdesse valor no mercado internacional.
É importante ressaltar que países como a Rússia, a Índia e o Vietnã, que hoje proíbem as bitcoins, pretendem transformá-las em moedas legais nos próximos anos, medida que visa, principalmente, eliminar a lavagem de dinheiro.
Falta de regulamentação
No Brasil, assim como em muitos outros países, não existem regras que normatizam o uso das moedas virtuais.
Isso ocorre porque o governo brasileiro não acredita no poder da moeda virtual. Ao contrário, as autoridades creem que essa moeda não passa de um modismo e pode se tornar um sério problema financeiro.
O fato da moeda virtual não ser oficialmente reconhecida por nenhum outro governo torna a situação ainda mais complicada.
Moeda sem lastro
Como citado acima, as moedas virtuais são códigos matemáticos, ou seja, não existem no mundo real. Isso quer dizer que não existe nada que realmente comprove o valor de um bitcoin.
Já as moedas tradicionais são garantidas pelo poder econômico do país, que pode ser medido pela sua capacidade de arcar com débitos ou pelas atividades econômicas que desempenha.
Alta volatilidade
Quando o assunto é volatilidade, as moedas virtuais funcionam de forma semelhante à bolsa de valores: podem se valorizar em pouco tempo ou sofrer uma queda repentina. O bitcoin, por exemplo, é bastante volátil e as alterações constantes da criptomoeda são bastante conhecidas.
Além disso, por mais que esse investimento seja bastante popular, é preciso lembrar que as moedas virtuais não possuem regulamentação e não exibem garantias como a do Fundo Garantidor de Crédito – FGC – que garante investimentos no Tesouro Nacional.
Para aqueles que sonham com dinheiro rápido e fácil, é preciso destacar que as criptomoedas são pouco rentáveis. No entanto, investir nessas moedas pode ser uma boa opção para investidores que desejam ter uma cartela de investimentos variada e pouco convencional.
Gostou deste conteúdo? Agora que você já sabe o que são criptomoedas e quais as vantagens e desvantagens desse investimento, que tal ficar por dentro de algumas dicas para começar a investir?