O valuation no processo de fusões e aquisições influencia significativamente a tomada de decisões no mundo empresarial sob vários aspectos. Isso se evidencia ainda mais quando pensamos em empresas em processo de fusão ou aquisição.

Você sabe a importância do valuation para a projeção das vantagens e riscos de uma fusão ou aquisição de empresa? Neste artigo, trataremos justamente desse tópico tão caro às finanças corporativas.

O que é valuation?

Antes de tudo, vamos explicar brevemente o que é valuation. Literalmente, a palavra significa avaliação ou valoração. Aplicada ao mundo dos negócios, diz respeito ao processo de mensuração do valor de uma empresa ou ativo.

Tal processo envolve tanto aspectos objetivos quanto outros mais subjetivos, tratando-se, essencialmente, de uma avaliação sistematizada da percepção e estimativa de valor de uma empresa ou ação.

Qual é o método de avaliação de empresa mais utilizado?

Para calcular o valor de uma empresa em processo de fusão ou aquisição, utiliza-se, sobretudo, o método chamado fluxo de caixa descontado.

Aplicando-se tal método, calcula-se o valor atual de uma empresa a partir da consolidação e estimativa de todos os fluxos de caixa futuros a serem gerados.

“Esse método é comparável à avaliação de uma plantação a partir dos frutos que ela vai proporcionar no futuro. Para uma empresa, os frutos a serem gerados no futuro são os fluxos de caixa a serem gerados. Não há certeza de quantos frutos a plantação vai proporcionar, pois isso depende de condições climáticas, do solo e da própria interação com o ambiente”, explica o professor Marcos Piellusch, especialista no assunto e coordenador do curso Extensão Valuation: Avaliação de Empresas, Fusões, Aquisições e Ações do LABFIN.PROVAR – FIA.

Tendo a analogia com a plantação em mente, fica mais fácil perceber que o valuation no processo de fusões e aquisições auxilia as empresas a elaborar apenas uma estimativa de valor, condicionada a fatores internos e externos.

Portanto, não é possível ter certeza — e o exemplo nos esclarece esse ponto com precisão — de que os fluxos de caixa projetados vão se efetivar futuramente.

“Por isso, o valor da empresa é “descontado” por uma taxa, que é proporcional ao risco de que esses fluxos de caixa não se concretizem”, complementa Piellusch.


Quem participa do valuation no processo de fusões e aquisições?

Como já dissemos em um artigo aqui do nosso blog sobre o curso Extensão Valuation, os profissionais da área de finanças são os primeiros que nos vêm à cabeça quando o assunto é avaliação de empresas, fusões e aquisições, ações, joint venture.

Isso porque são eles que colaboram com as projeções, modelagem, cálculo dos fluxos de caixa, taxa de desconto, entre outros procedimentos necessários para o valuation no processo de fusões e aquisições de empresas.

No entanto, outros profissionais também se envolvem nesses processos. São os especialistas num dado negócio que, em virtude do conhecimento e experiência acumulada da empresa, podem contribuir com as projeções que constituem o valuation no processo de fusões e aquisições de empresas.

E tais especialistas não necessariamente são da equipe financeira, mas podem ser de áreas comerciais, técnicas, de marketing ou de estratégia.

Vemos, portanto, que o valuation no processo de fusões e aquisições de empresas atravessa todo o corpo da empresa. E é importante que haja, de fato, uma visão o mais ampla possível do negócio num processo de aquisição, fusão ou joint venture.

Isso porque, sendo o valuation uma projeção condicionada a tantas interferências externas que escapam do controle estrito das empresas, os riscos de uma aquisição, fusão ou joint venture sempre existirão.

Estes, contudo, podem ser minimizados se houver uma avaliação abrangente, cautelosa e atenta ao microcosmo empresarial e ao contexto no qual as empresas estão inseridas.

O contexto do valuation no processo de fusões e aquisições

Retomando a analogia com a plantação, cuja produtividade depende de diversos aspectos do ambiente climático que a circunda, no processo de projeção dos fluxos de caixa futuros de uma empresa é preciso levar em conta informações a respeito do mercado econômico daquele dado contexto e de aspectos culturais, sociais, demográficos e até de saúde.

“Em decorrência da pandemia pelo COVID-19, por exemplo, temos uma série de impactos relacionados aos hábitos de consumo, interação social e outros aspectos que certamente afetarão a forma de se consumir produtos e serviços”, ressalta Piellusch.

Todos esses impactos devem ser considerados no processo de valuation de uma empresa a ser adquirida, por exemplo, uma vez que eles atingem diretamente as receitas, gastos, investimentos e vendas do negócio.

Com isso, como já se pode deduzir, os fluxos de caixa são afetados e, consequentemente, também o valor da empresa e as vantagens e os riscos implicados numa operação de aquisição ou fusão.

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