Quando o assunto é liderança, se há uma certeza que podemos ter é a de que não existe uma receita pronta para um líder de sucesso, ainda mais tendo em vista o alto grau de complexidade e incerteza dos tempos atuais. Porém, um tipo de liderança pode ganhar cada vez mais destaque na construção e facilitação de equipes capazes de responder, de modo criativo e inovador, aos desafios do presente e do futuro. Já ouviu falar de liderança transformativa?
“Este tipo de liderança estimula a criatividade e a inovação como meio de quebra de paradigmas e consegue tirar o melhor de todos, construindo uma relação interpessoal com base na confiança mútua”, comenta Ricardo Ogawa, CEO da Astellas Farma Brasil.
Explorador incansável de atitudes altruístas por meio de sua liderança, Ogawa é um dos participantes do nosso próximo webinar, Como a liderança pode influenciar nas decisões transformadoras?, que conta também com a participação das professoras Izabela Mioto e Teresa Cristina Zanon.
Com mais de 30 anos de experiência profissional na indústria farmacêutica em diferentes posições de liderança e em vários países, ele também é criador e coordenador do grupo Conexão Pro Bem, formado por indivíduos que procuram a evolução, o autoconhecimento e que desejam fazer a diferença no mundo.
Conversamos com Ogawa a respeito de liderança transformativa, a importância do aprimoramento de soft skills e os pontos-chave para o desenvolvimento de líderes capazes de “gerar saltos de consciência que transformam contextos”.
“Na prática vejo um grande potencial e uma real necessidade de explorarmos este conceito de liderança transformativa em todos os tipos de organizações”, diz ele.
Abaixo, destacamos as principais reflexões de Ogawa — um dos vencedores do programa CEO do Futuro, organizado pela Revista Você S/A, Korn Ferry e USP — que podem lhe ajudar a se desenvolver enquanto líder transformativo. Mas, antes de prosseguir a leitura, aproveite para se inscrever no webinar Como a liderança pode influenciar nas decisões transformadoras?.
O que é liderança transformativa?
“A liderança transformativa fomenta algum tipo de mudança, seja estrutural ou comportamental, e é construída por meio do diálogo franco, respeitando e absorvendo diferentes ideias. Ela motiva e influencia positivamente as pessoas por meio da cocriação de uma visão inspiradora que é repetidamente transmitida de uma maneira transparente e genuína.”
Ganhos da liderança transformativa
“Através dela, o verdadeiro propósito das decisões tomadas é compartilhado com todos de maneira clara e objetiva, mesmo que possa não agradar a uma parte da audiência. Este tipo de liderança estimula a criatividade e a inovação como meio de quebra de paradigmas e consegue tirar o melhor de todos, construindo uma relação interpessoal com base na confiança mútua.”
Características-chave para um líder transformativo
“Autoconhecimento, prática constante da empatia, escuta ativa, diálogo, coragem para tomada de decisões (algumas vezes não tão populares) e desejo de transformar o mundo em um ambiente mais leve para se viver”.
Adaptação a uma nova realidade pós COVID-19
“Infelizmente ou felizmente, não voltaremos ao ‘normal’ que estávamos acostumados antes da pandemia, mas sim a uma nova realidade cheia de desafios e oportunidades para criarmos coisas novas e inovarmos em nossa maneira de agir e de pensar. Para isso, torna-se necessário o aperfeiçoamento das seguintes soft skills: autoconsciência, capacidade de encontrar soluções inovadoras, altruísmo, criatividade, habilidade de se reinventar.”
Como as lideranças podem aprimorar soft skills?
“Na minha experiência profissional sempre busquei o apoio de mentores, pessoas em que confiava plena e incondicionalmente, que me ajudaram a enxergar as minhas vulnerabilidades (geralmente associadas a soft skills) e formas de aperfeiçoá-las. Identificar e pedir apoio às pessoas mais experientes e/ou especialistas, cujas críticas não são levadas como pessoais, é um grande passo no processo do desenvolvimento humano.”
Entraves para o desenvolvimento da liderança transformativa
“Arrogância, egocentrismo, baixo nível de tolerância ao erro, medo do novo, resistência a mudanças e falta de consistência entre o que é dito e o que é efetivamente realizado.”
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